domingo, 27 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Cuscuzeiro assasinO

Olá meus caros, depois de dias de molho em decorrência de uma virose que me levou para emergência, eu estou aqui! Sobrevivendo aos poucos... Exagerada? Não, eu não estou sendo exagerada, só que ainda não estou totalmente recuperada, pois a cabeça está pesada, zonza, o corpo permanece fraco, então resisto e não me deixo abater. Tenho que ficar boa logo e papo de doença não é comigo não! Sem mais delongas por que a história tem que começar... vou direito ao assunto, ou melhor ao bate papo. A saudade me tomou... o encontro foi inevitável... Quando me dei conta, já estava eu aqui sentadinha em frente ao computador transbordando de ideias e novidades para vocês. Vou contar a mais recente porque a cabeça aqui não está muito boa, então antes que eu esqueça o que me aconteceu, solto logo o verbo, hehehehehe... A última da vez foi a minha tentativa de incendiar a casa, tô falando sério!!!! Sério... quase toquei fogo em tudo e sabe porque isso tudo iria acontecer? Por causa de uma cabeça avoada que esquece de tudo, menos de vocês. Oiá que pilha!!! Ô gente é verdade... um simples cuscuz assassino foi capaz de causar um estrago na cozinha da minha sogra. Confesso, que às vezes me assusto com a minha displicência, que de tão extrema me fez esquecer um feijão, uma arroz, uma quiabada e dessa vez o cuscuzeiro no fogo. O cheiro de queimado e a fumaça anunciavam que ocorria algum incêndio próxima a minha casa. Eu só não notava que o provável incêndio não ocorria na casa da vizinha ou de quem quer que seja, mas sim na minha própria casa. Meu deus, que ser mais sem noção, que não percebe algo diferente na própria casa! Nem o cheiro, nem a fumaça chamava minha atenção. Os vizinhos deviam estar achando que eu uso drogas, só pode... e que foi o efeito de uma maconha de má qualidade e mal fumada, que deixou a mulher alesada! Eu só podia estar em outro plano astral... será que assistir Sílvio Santos em pleno domingo, bate onda ou deixa um ser lombrado? Tô achando que deixa sequelado, pois só vinha na minha cabeça que a culpa era da vizinha, e o pior é que eu gritava: -a vizinha tá ficando doida, esquece a comida no fogo e eu que tenho que aguentar esse fedor horroroso! Totalmente cara de pau! Só que me faltava, eu só podia estar me achando, pois a louca na verdade era eu, que nem me tocava que era a minha cozinha que pegava fogo. No final salvaram-se todos, pois meu super gordinho, o herói das cozinhas alheias, percebeu rapidamente que algo estranho ocorria na casa; o cheiro de queimado era tão forte, que alcançou o segundo andar, e ele é claro sentiu, eu até que senti, mas conforme dito acima a leseira era tanta que entre perceber e fazer alguma coisa, eu não fiz nada! Eu só achava que não era na minha casa... quase a casa vai para o espaço e eu desorientada pensando a mesma maluquice!!!! Que bom, que os herói existem porque o que seria de mim seu o meu! Ô, céus, ele existe! Meu herói comilão, sim o gordinha ultra-sexy que não exitou em nenhum momento e entrou correndo pela cozinha conseguindo desligar a panela do cuscuzeiro. - Meu heróiiiiii!!! A fumaça se expandia pela casa e eu com uma cara de tacho sem saber o que fazer, mais parecia uma barata tonta desesperada. Lamentos e desculpas à parte, restou-me uma bronca merecida, um pano de prato totalmente queimado, um cuscuz tostado e a promessa de que vou prestar mais atenção na cozinha, quando eu colocar alguma comida no fogo. Desastre não, só que se for para colocar algo no fogo e sair... Esqueça, ou melhor, fuja antes que a casa pegue fogo!

Texto: Soraia Monteiro

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Atira, seu guarda!!

Não, não, não... não é possível! Mais uma moda pinta no pedaço. Como se não bastasse, o excesso de manobras eleitoreiras, idéias mirabolantes dão novos ares para o próximo espetáculo. Afinal, o show tem que continuar... não importa como!!! Então, sigo com aquele refrão: - Triste Bahia, oh, quão dessemelhante… Aqui com os meus botões, estou a matutar sobre uma reportagem que escutei no rádio nos últimos dias. A nóticia me chocou tanto, que no instante fiquei paralisada, bestificada e assustada, óbvio! A reportagem tratava a respeito da guarda municipal de Salvador, que ao possuir o direito à posse de armas poderia vir a ter uma abordagem ostensiva, assim como a polícia militar. Para não cometer enganos e não reproduzir informações midiáticas sem fundamentação teórica, fui atrás sobre algumas informações importantes sobre a atuação da guarda municipal em sua legalidade. O guarda municipal possui direito ao porte de armas: pessoal (particular) e institucional (funcional), embora ache questionável, seu direito é assistido pela Lei Federal n.º 10.826/03 e pelo Decreto Federal n.º 5.123/04. A atuação no território destes profissionais se faz diferenciada, em decorrência do número de habitantes existentes em cada município. Desta forma, a gestão nas capitais dos Estados e os municípios com mais de 500.000 habitantes, independente de ser uma grande metrópole ou município da Região Metropolitana; os integrantes da Guarda Municipal passaram a ter direito ao porte de armas, pessoal (particular) e institucional (funcional), sendo que para o último, independente de estar ou não em serviço, o uso é permitido; Já para os municípios com 50.000 e menos de 500.000 habitantes, os integrantes da Guarda Municipal, tem o direito ao porte de armas, pessoal (particular) e institucional (funcional), sendo que este último, somente em serviço. (DIREITONET, 2006). Estando assistidos pela lei, o uso de armas por esses profissionais, ainda gera muitas dúvidas, inquietações das mais diversas... por que morando no município como Salvador, onde tudo é permitido e tudo termina em axé... surpresas poderão acontecer! A grande dúvida que me cerca é quanto ao concurso feito em Salvador no ano de 2007 para guardas municipais. O edital não tinha essa prosposta, como atualmente vem sendo colocada pela mídia. Guarda municipal andar armado e utilizar-se de uma abordagem ostensiva, jamais fora pensado, sobretudo, no tocante ao uso de armas de fogo. Não estou aqui afirmando que atuação da guarda municipal seja assim,ostensiva, truculenta, em hipótese alguma! Estou questionando a informação que foi escutada na rádio, quanto a sua veracidade. Caso seja verdade terei muito que me preocupar, principalmente com a atuação do município de Salvador, que se valendo das prerrogativas da Lei 10.826/03, utilize-se deste instrumento como poder de polícia, ou seja, "proponha" à coorporação uma atuação mais ostensiva, "enfrentando" a violência da capital baiana. Imagine os funcionários concursados se valendo de tal obrigação! Garanto que muita gente não possui preparo para a nova função e nem queira se valer de tal obrigatoriedade. Dúvidas a partes, muitas questões me tomam as idéias... por isso continuo a fazer perguntas. Será que estes profissionais estão preparados para tal "missão"? Será que este é o objetivo da coorporação? A guarda municipal não seria um guarda ou um protetor do patrimônio público do município: escolas, parques, praças, etc. ? Para quê e para quem, uma nova polícia? Dúvidas... mas a polícia já não é uma força pública encarregada de manter as leis e disposições do Estado? A ordem e os regulamentos estabelecidos numa localidade ou nação não são assegurados por estes profissionais? E porque usar de mais força? Vamos para origem da palavra polícia que vem do latim politia, -ae, organização política, governo. Segundo o dicionário da língua portuguesa, os egípcios e os hebreus foram os primeiros povos a incluirem medidas policiais em suas legislações, através do termo "polis", derivado da palavra "polícia", que surgiu na antiga Grécia, com o significado de cidade, administração, governo. Entretanto, somente em Roma, no tempo do Imperador Augusto (63 a.C. a 14 d.C.), é que a organização adquiriu a proposta de fato. No Brasil, o surgimento da polícia remonta os anos de 1808, contudo, somente em 1824 foi promulgada a Constituição do Império do Brasil, que previa a prisão em flagrante delito ou por ordem escrita através de uma autoridade competente. Por isso, existe uma coorporação engarregada à manutenção da ordem social para o Estado, a polícia. Será que mais polícia resolve? Será que no passado a atuação da polícia era melhor, maior ou eficaz? Será que a corrupção era menor? Apesar que saber que nem todos os profissionais são iguais e possuem os mesmos valores. Por isso, continuo por aqui, cheias de questões... tentando, talvez, entender tais propostas... verdadeiras ou não, escuto o que eles falam, embora falemos outras línguas... eu me esforço.

Texto: Soraia Monteiro

terça-feira, 1 de junho de 2010

Só há...

Ir ao fundo sem saber o fim...
Soterra-se o que eu nem sei o quê...
Partida para outros mundos...
Saída do plano real... navegar outros horizontes é preciso... se perder numa viagem momentânea... num universo que mora alí do lado
Um casulo onde se mora com poucas cores... Por isso fuja bem rapinho para aquele outro mundo...
Em que as imagens viram desenhos e os desenhos não são reais
O irreal, meu povo, é preciso viver...
Lucidez nada, somos a voz da humanidade em busca de outros planos...
Sempre foi assim, não vai ser diferente
O homem transcende sua consciência em flashes desconexos
Ele tira os pés do chão, anda, corre, seu corpo flutua...
Plumas coloridas carregadas pela brisa de um céu azul sem nuvens. Um céu que toma a imensão confusa de muitos pensamentos
O corpo ferve, arde em chamas...
Corpo nu que sai de si
Mente que extrapola o consciente
Há tantos pulsos nesse corpo... tantos sonhos incompreendidos...
Há tantas coisas nesse mundo só seu... muitos segredos...
Uma história que não tem começo, nem meio, nem fim... Porque lá... Naquele instante em que parece ser sonho, mas não é...
Só há cores quentes... Cheiro de aniz
Lá só há o que não parece ser...
Lá não existe o real nem consciência...
Lá só é o que você se permitir ser...

Texto: Soraia Monteiro