A larga banda privada

É meus caros estou convicta... escancarar mais do que isso não pode... Fazer cara de vítima então... péssimo. Cara de pau é coisa de gente experiente e é claro que neste momento não poderia faltar! O santo da vez são as empresas de telecomunicação. Empresas privadas que interferem significativamente na política brasileira, tendo a sua operacionalização e atuação no mercado brasileiro, em decorrência de uma série de subsídios e atrativos oferecidos pelo governo federal nos anos 90, que consagrou sua implantação no território "tupiniquim". FHC não nos deixou esquecer! Isso, todos nós não temos dúvidas, mas ontem... ah, ontem foi a gota d'água! Fornecedores de banda larga como: Embratel, Telefônica, OI, GVT sentem-se injustiçados com a decisão do governo federal em reativar a TELEBRÁS. Os mesmos julgam-se ameaçados com tal decisão, alegando que vão recorrer na justiça, pois o governo brasileiro estaria quebrando um compromisso estabelecido em 1998, período de privatizações no país. Além disso, segundo as empresas, a estatal, Telebrás não dará cobertura significativa aos seus usuários e a sua ativação só poderá ser feita com aprovação do congresso nacional. A briga como já vimos é de cachorro grande e muitos alegam que esta decisão do governo federal é puramente eleitoreira. O fato é que a banda larga no Brasil ainda é muito restrita, somente uma pequena parcela da população possui acesso à internet de qualidade em suas casas, então isto não se encaixa para grande maioria da população brasileira. Se há tentativas para que este acesso seja mais abrangente, que seja louvável e indelével tal atitude, mas o mundo virtual está aí e não há como negar ou retroceder. A população sabe disso, embora não tenha dinheiro para custear os valores oferecidos pelas empresas prestadoras deste serviço. Não se pode negar que povo não tenha interesse que tal decisão seja aceita pelo congresso nacional. O povo é curioso e tem direito de navegar pelo mundo virtual. A saída para tal situação é o velho "jeitinho brasileiro", muito sábias por sinal! Estas iniciativas burlam o sistema da lógica capitalista das grandes empresas e estes fenômenos se espalham sobre o território como: as lan houses e TVs à cabo gato que se ramificam pelas grandes periferías do país; ainda sim, poucos tem acesso ao tal mundo interconectado. Falar de globalização no país... é uma piada. No mundo nem se fala... também é limitado!O mundo não é tão justo, embora existam muitos que acreditem que o mundo seja totalmente globalizado... cada um com sua maluquice ou esquecimento! Maluquices e esquecimentos à parte, muitos países africanos, asiáticos e da América Latina possuem suas populações pobres restritas aos recursos da telecnogia da informação, neste caso em especial a internet de banda larga. Então, o mundo virtual ainda está distante para muitos povos. Paratanto não importa aqui que a proposta seja eleitoreira ou coisa parecida, o basilar para esta questão é que este avanço favoreça diretamente as populações menos favorecidas; que terão o seu acesso ao mundo virtual mais próximo do seu bolso! Fica aqui minha indignação contra a postura das empresas envolvidas e a esperança de que um dia deixaremos de ser um país de banguelas. Um pouco de utopia para cada um e viva ao fenômeno das redes!!! Abraços em todos e até apróxima!

Texto: Soraia Monteiro