Estamos na fase fase do eu, sim do eu!Essa é a era do EU. Somos egocêtricos, hedonistas ao extremo e os nossos parâmetros são lançados a partir do nosso umbigo. Comparamos tudo a partir do nosso eu, julgamos o outro com desdém e mesmo assim, sonhamos com formas inatigíveis, queremos ser o outro a qualquer preço e nos deparamos com a ruína da nossa própria existência, do vazio, do egoísmo, da culpa, do medo, da comparação, dos modelos (de mulher ideal, de marido perfeito, profissional bem sucedido, pai ou mãe, família... Criamos parâmetros para tudo, o que nos torna muitas vezes infelizes por tais escolhas... Queremos respostas para tudo... Queremos o imediato, o agora, o já... Mesmo assim caminhamos desesperados pelo aplauso, pelo espetáculo, pela grande cena... Buscamos o olhar do próximo... Tememos a crítica, ansejamos a aceitação... Entre tantos desacertos... O palco e o abismo se confontram a todo instante... Criamos tudo... O simulacro, parâmetros para felicidade, para vida "bem sucedida", para o amor, para o certo e o errado, para o sim e o não, etc... Ficamos aprisionados... Viciados, pertubados em práticas hedonistas que não nos libertamos do medo, da culpa, do julgamento, nem dos nossos sonhos... Comecei este texto falando do eu egocêntrico e hedonista para comentar sobre um filme, excelente, na minha opinião e que com certeza ficará marcado em em minhas lembranças; não somente pelo seu enredo, roteiro, atores... Mas pelo que a sua história traz quanto reflexão as tais adequações sociais as quais eu me refiro no texto, quanto a modelos e parâmetros para uma vida feliz cheia de sonhos, que nem sempre conseguimos atingí-los. Tais sonhos são o espírito do ideal de vida perfeita, muito longe da imperfeição e complexidade humana. A essência destes personagens permite fazer alusões com situações cotidianas, citadinas, cada vez mais próxima de muitos de nós. O filme do qual vos falo é o Requiém para um sonho, dirigido por Darren Aronofsky. É um filme pesado, angustiante, contudo possui uma boa qualidade estética e realismo. É um convite a um mundo não muito distante de muitos de nós e com certeza vale a pena assistir. Sem dúvida um convite à reflexão! Sinopse: Uma visão frenética, perturbada e única sobre pessoas que vivem em desespero e ao mesmo tempo cheio de sonhos. Harry Goldfarb (Jared Leto) e Marion Silver (Jennifer Connelly) formam um casal apaixonado, que tem como sonho montar um pequeno negócio e viverem felizes para sempre. Porém, ambos são viciados em heroína, o que faz com que repetidamente Harry penhore a televisão de sua mãe (Ellen Burstyn), para conseguir dinheiro. Já Sara, mãe de Harry, viciada em assistir programas de TV. Até que um dia recebe um convite para participar do seu show favorito, o "Tappy Tibbons Show", que transmitido para todo o país. Para poder vestir seu vestido predileto, Sara começa a tomar pílulas de emagrecimento, receitadas por seu médico. Só que, aos poucos, Sara começa a tomar cada vez mais pílulas até se tornar uma viciada neste medicamento.
Boa sessão a todos e até a próxima, tchau!
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