quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Increvo-me

Saio daqui com a leveza de que aprender é mais um processo e/ou relação com a vida... Com as coisas... Com as cores... Sensações e bem-querer... Saio bem leve e me entrego ao distino... Ao momento... Aos instantes... Confundo-me porque cada confusão me provoca loucuras de achar respostas com as quais nunca vou ter... Caminho pelas ruas e sinto o cheiro de chuva... Sinto que cada instante é único... Somente meu.. Increvo-me neste instante... Na beleza... Na poesia... No meu samba... No meu devaneio... Que seja intenso enquanto dure... QUE SEJA LEVE... QUE SEJA AMOR A TODA HORA E A TODO INSTANTE...
Poesia: Soraia Monteiro

Chocolate


Chocolate, chocolate, chocolate

Eu só quero chocolate.... Só quero chocolate

Não adianta vir com guaraná pra mim

É chocolate que eu quero beber

Não quero chá, não quero café

Não quero coca-cola, me liguei no chocolate

Eu me liguei, só quero chocolate

Não adianta vir com guaraná pra mim

É chocolate que eu quero beber

Chocolate, chocolate, chocolate
Chocolate, chocolate, chocolate
chocolate, chocolate, chocolate

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Verbo For

João Ubaldo Ribeiro


Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário — evidentemente o condizente com a nossa condição provecta —, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).

O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha que se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruybarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Os textos em latim eram As Catilinárias ou a Eneida, dos quais até hoje sei o comecinho.

Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar de Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.

— Traduza aí quousque tandem, Catilina, patientia nostra — dizia ele ao entanguido vestibulando.

— "Catilina, quanta paciência tens?" — retrucava o infeliz.

Era o bastante para o mestre se levantar, pôr as mãos sobre o estômago, olhar para a platéia como quem pede solidariedade e dar uma carreirinha em direção à porta da sala.

— Ai, minha barriga! — exclamava ele. — Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice? Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi? Salvai essa alma de alimária. Senhor meu Pai!

Pode-se imaginar o resto do exame. Um amigo meu, que por sinal passou, chegou a enfiar, sem sentir, as unhas nas palmas das mãos, quando o mestre sentiu duas dores de barriga seguidas, na sua prova oral. Comigo, a coisa foi um pouco melhor, eu falava um latinzinho e ele me deu seis, nota do mais alto coturno em seu elenco.

O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo "dar um show". Eu dei show de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas:

— Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!

— As margens plácidas — respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara.

— Por que não é indeterminado, "ouviram, etc."?

— Porque o "as" de "as margens plácidas" não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. "Nem teme quem te adora a própria morte": sujeito: "quem te adora." Se pusermos na ordem direta...

— Chega! — berrou ele. — Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!

Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo "ser" quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.

— Esse "for" aí, que verbo é esse?

Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.

— Verbo for.

— Verbo o quê?

— Verbo for.

— Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.

— Eu fonho, tu fões, ele fõe - recitou ele, impávido. — Nós fomos, vós fondes, eles fõem.

Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.


Esta crônica foi publicada no jornal "O Globo" (e em outros jornais) na edição de domingo, 13 de setembro de 1998 e integra o livro "O Conselheiro Come", Ed Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 2000, pág. 20.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Aos meus queridos!!!!

A amizade é um amor que nunca morre.

Mário Quintana

domingo, 25 de outubro de 2009

Semana de Ciência e Tecnologia

Quem conhece um mineral? E as rochas o que são?Alguém já viu um fóssil?E fotografias aéreas? Conhece um estereoscópio? E para que serve? Nossa, quantas perguntas!!!! Foi assim a minha semana... Conhecer pessoas diferentes... Passar conhecimento e aprender também... Trocar essa é a minha maior intenção!!! Durante todos esses dias trabalhei na Semana de Ciência e Tecnologia, que tem como objetivo estimular a produção científica no país, por isso agradeço a oportunidade de poder trabalhar num evento que tem como público, em sua grande maioria, crianças e adolescentes respectivamente, do ensino fundamental e médio de escolas públicas estaduais e municipais. Essa carência no ensino foi significante para minha participação, visto que muitos destes ansejavam por novidades e conhecimentos, o que é muito natural nesta idade, sobretudo em escolas públicas cujo o ensino é deficitário na sua maior parte e sinceramente desestimulante. Sei muito bem do que estou falando... Tenho propriedade para falar neste assunto... Já estudei em escola pública e conheço muito bem a sua realidade! Há muitas lacunas a serem preenchidas e naquele instante me coloquei no lugar daquelas crianças e jovens sedentos por novidades! Claro que muitos, você percebia de cara que não estavam nem um pouco interessados em estar naquele local... Talvez porque não foram estimulados ao longo dos anos ou porque algumas coisas não tinham significado/relação com sua realidade. Pensei rapidamente: -Eles vão gostar, tudo tem um sentido e chega de informações segmentadas! Precisamos correlacionar os assuntos!!! Isso foi instântaneo e até mesmo telepático entre todos os monitores... Ninguém exitou e as coisas fluiram naturalmente, haja vista que o stand de Geociências foi composto pela Geologia, Geografia e Biologia a sintonia entre as ciências foi perfeita! Foi impressionante, o nosso stand ficava lotado, as crianças claro, curiosas queriam mexer em tudo, assim como os adultos, fotografavam o que visse pela frente e o melhor adoravam tudo de novo que lhes era apresentado. Era uma farra só!!! Vê as rochas de pertinho, um mineral de esmeralda, um fóssil da mandíbula de um mastodonte ou um fêmur de uma preguiça gigante... Nossa, era muito bancana vê cada olhar curioso, perplexo diante do passado e do presente... Olhar de descoberta... E quando eles viam as fotografias aéreas por meio de estereoscópio, aparelho que permite visualisar as imagens, neste caso o relevo em 3D, fantástico!!! Os adolescentes enlouqueciam... Perguntavam tudo, os flashs eu já perdia conta e acreditem estavam atentos a tudo que nós falavamos!!! Ficamos tão felizes pelos elogios, assim como pela troca, pela experiência com eles... Pelo muito obrigada pela explicação, aí vocês já viram... Ganhamos o dia!!!! O que me entristece é que pouco se faz ao ensino... As oportunidades a um evento desse porte são limitadas... Então poucos alunos tem acesso a determinadas informações, o que é inadimissível, mas infelizmente acontece... Estes estudante ficam ainda em desvantagens perante aos estudantes de escolas particulares, embora eu acredite que nada é impossível quando se quer verdadeiramente algo! Quem quer estudar, aprender não importa o lugar!!! Contudo conhecimento nunca é demais, ele deve ser disbonibilizado a todos e com qualidade! No tocante a organização do evento teço algumas críticas, pois o trabalho dos monitores não foi devidamente valorizado e foi preciso os professores brigarem, sim brigarem para que o almoço do pessoal da manhã fosse assegurado, sem contar com a "errustição" das camisas do evento!!!! Nota-se que o nosso Estado não reconhece a importância da ciência na vida das crianças e jovens, pois se há monitores... Haverá evento!!! Sim, pois o Estado, neste caso a SECTI, orgão que promoveu o evento só arcou com as camisas e o almoço dos monitores ficando a cargo do IGEO a montagem e materiais dos standes e monitores. Mesquinhez? Com certeza!!!! O que difere um estudante que veio pela manhã trabalhar e receber seu almoço para o estudante que vem pela tarde e que já vem almoçado? A justificativa deles era que o ticket do almoço seria somente para os estudantes que trabalhassem no stand o dia inteiro. Agora me digam: - Qual estudante da UFBA que pode se dá ao luxo de trabalhar o dia inteiro? Temos aulas em diferentes horários, então essa foi uma colocação impertinente, sem fundamento. Sim, mas o dinheiro é claro ficaria com eles, sim, sim, sim porque o mesmo não volta para união!!! Por isso vai aqui meu agradecimento a nossa professora, gaúcha retada que foi lá e brigou para que os almoços fossem assegurados e acreditem, eles não queriam dá o almoço de todos os estudantes dizendo que o nosso stand tinha muitos monitores!!! Ora-ora, o nosso stand era um dos maiores do evento, cheio de materiais patrimônios da universidade, vivia lotado de visitantes e eles não reconheciam o nosso esforço!!! Muitos visitantes elogiavam o nosso trabalho porque viam a qualidade das explicações e demostrações e no trabalho que dá falar o tempo inteiro, ficar em pé, controlar euforia das crainaças... Trabalhão!!! Mas foi um trabalho voluntário para nossa universidade, quem estava lá estava porque queria participar, doar... Diferentemente das universidades particulares que pagavam seus alunos as diárias no stand!Agora eles veem com essa conversa fiada!!! A professora não exitou:- Ou dá para todos o almoço, ou não dá para nenhum e desarmamos o nosso stand! Cara, num instante eles foram pedir desculpas pelo equívoco, pelo constrangimento causado!!! Logo à tarde eles queriam que nós participássemos de uma filmagem para o governo da Bahia, depois de tudo!!!! Pode? Pois é, depois dizem que a Bahia é para todos!!!! Conte essa para o boneco!!! Fui!

sábado, 24 de outubro de 2009

Cansada...

Estou aqui, alí e acolá...
Estou bem perto... Ás vezes bem distante...
Estou no mesmo lugar
Nunca parada sempre em movimento...
Em equilíbrio dinâmico... Como o mar ou um rio
Que é o todo e nunca a soma das partes...
Sigo sem destinho, mas nunca sem metas...
Voo para longe... Converso com Deus... Sigo adiante...
Dou suspiro... Dou mais outro... Ufaaaaaaa!!!!!
Volto de novo.. Sonho mais um pouco...
Dou um pulo e levanto atrasada
Saio correndo para começar tudo de novo!!!!

Ops: A rotina é isso mesmo, heheheheheheheh!!! Até a próxima!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Na multidão

Eu não sei por que que eu fui nascer
Por que que eu vim de lá pra cá
Eu só sei que, agora, eu vou ficar
Só pra desestabilizar
Eu cheguei querendo só mamar
Mas me tiraram pra dançar
Eu dancei
E depois que eu comecei
Não conseguia mais parar
Na multidão
Na multidão
Veio o um querendo me comer
Veio o dois querendo me amar
Mas o três veio logo me dizer
Ponha-se no seu lugar
Respondi: Não vim pra responder
Eu vim aqui pra perguntar
Já fui eu, agora eu sou você
Equilibrar o habitat
Na multidão
Na multidão.

Ana Cañas/Liminha/Arnaldo Antunes

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia do Professor

E não é que temos um dia? Sim, temos um dia, ou temos todos os dias? O negócio é o seguinte: Eu tive, você também teve e se não teve um dia vai precisar de um! É ... Devemos tudo a eles... Quer dizer aos bons e aos péssimos também... Por que se foram péssimos... Hoje podemos avaliar e separar o que não presta, o que não faz diferença... Quanto aos bons... Ficamos com a lembrança boa, com os ensinamentos, as conversas, as aulas fervorosas e com a saudade eterna!!! E agora chegou a minha vez... Relutei tanto para aceitar essa profissão... É gente, eu sou licenciada!!!! Sim, sou uma professora meia boca... Hihihihih... Dando os primeiros passos na arte de lecionar... Então, tudo é novo para mim, assim como confuso, admito! Só de imaginar que os profissionais desta área são tão desvalorizados... Faço questionamentos a mim mesma a todo momento: -Meu deusssss, onde foi que eu errei!!! Não podia ter feito outra coisa? Bom, mas pelo menos eu tenho duas opções: Sigo como bacharel ou como licenciada, graças a jah, uma segunda opção!!!! Não estou aqui desmerecendo a profissão não pessoal... É que esse lance de profissão é muito confuso... Principalmente quando a mesma requer tempo e paciência do profissional!!! E quando se tem duas opções... Tudo fica bem melhor!!! Sim, sim, sim!!!! Por que para prosseguir com essa carreira, somente com muito amor pelo que faz... Dá muito trabalho e pouco reconhecimento, a não ser o pessoal! E no meu caso há muitas dúvidas profissionais mesmo vindo de família de professores...Também adoro a profissão do bacharel! Embora, eu não tenha vindo aqui discutir o que é melhor ou pior, mas sim demostrar aqui a minha admiração por esta profissão! Pode ser medo de encarar de frente esta carreira? Quem sabe? Talvez... Um dia eu descubro... Acredito que muito do que sou... Teve uma contribuição significativa dessas pessoas especiais e espero que eu tome isso como exemplo, haja vista que eu vivo dando cursos e confesso... Adoro o retorno de meus alunos! De qualquer forma, fica aqui a minha demostração de afeto e reconhecimento à profissão que forma e educa pessoas! Parabéns professores!!! Parabéns todos os dias!!!
Ps: Parabéns Pró Rosália, Cleci, Norma, Jorge, Cathy, Wendel, Clímaco, Eron, Marcelo... Desculpa para os que eu não lembrei o nome, mas sintam-se homenageados... Vocês fazem toda a diferença!!!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Um bom poema

um bom poema leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade,
eu e você,
caminhando junto

Paulo Leminski

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Zeca,Zequinha, Zeconildo, Zeca Augusto, o nosso cão!

Sempre achei que os animais são seres superiores... Hoje, tenho certeza absoluta. Quando Zeca chegou em casa, eu pensei... Que presente de grego!!! Quem que podia me dar de presente de aniversário um cachorro?Será um louco? Ou eu que sou maluca? Eu pensava: -Só posso está louca, eu aceitar um cachorro? Ah! Tamanha estranheza? Não se assustem, eu amo bichos, amo mesmo, sempre fui criada no meio deles e compreendo que todo animal precisa de espaço, ar livre, liberdade... Por isso me assustei com o tal presente. Por que naquela época eu morava em uma casa (espaço, ar livre, liberdade), quanto a isso tudo bem; mas se tratando que em breve eu estaria me mudando para um apartamento, logo logo os problemas iriam começar... Só de imaginar eu ficava angustiada. Mesmo assim nós (todos da minha família) aceitamos zequinha de coração aberto! Acho que precisavamos nos doar e nos unir também... E porque não um animal? Minha mãe sempre fala que os animais trazem uma harmonia à casa e como o meu cão havia sido um presente, alguma mensagem ele trazia para nossa família... Depois que ela falou isso, eu não tive dúvidas que aquele era um sinal... Lá fui eu desesperada buscar o meu presente... Nossa!!! Que saudade desse tempo!!! Foi amor a primeira vista... Fiquei louca com aquela coisa pequena, frágil, inofensiva. Ele mais parecia uma bolinha de pêlos castanhos que não parava de bocejar... Lindo... Tão pequenino, mas bem espertinho... Eu sabia que ele seria nosso... Assim que eu o carreguei tive a certeza que aquele amor seria eterno e que aquela mensagem seria traduzida da melhor forma com... O amor. Eu sei que animais dentro de uma casa dão bastante trabalho, mas imagine dentro de um apartamento? Pois é, eu me mudei para um... Espaço agora... Ah? Onde? Como? Está difícil, então o que nos resta é tentar tornar a vida daquele animal, o mais confortável possível. Foi o que fizemos. Não pensem vocês que tudo é as mil maravilhas não... Não é mesmo!! Sinto raiva, fico pirada, xingo, brigo, pergunto-me várias vezes onde é que eu estava com a cabeça quando o aceitei? Mas claro que tudo é da boca para fora!!! Por que criar um animal é difícil mesmo, exige atenção, dedicação, dinheiro... Custa caro e custa tempo... E ultimamente eu não estou tendo tempo para mim... Quanto mais para ele, o meu cão... Mas bicho é que nem filho... Quer amor, carinho, atenção e o melhor... Não pede nada em troca... Pelo contrário... Companheiro para todas as horas!!! Quantas vezes eu não já chorei e ele não saía do meu lado? Sempre me lambendo e me alisando com sua patinhas tentando amenizar a minha dor? Sempre com seu olhar complacente... Sempre com seu amor incondicional... Meu amigo, você sempre será o nosso grande amor!!! Te amo muito, meu zequinha, meu zeconildo do meu coração!!! Amor eterno da família Monteiro!!! Luz da nossa família!!! Até a próxima amiguinhos!!!
Ps: Adote um cão!!! Faz toda diferença!!!

sábado, 10 de outubro de 2009

TMP


Hoje, eu estou assim... Sem inspiração, sem vontade, sem âmino, afffffffffff... Nem eu estou me aguentando! Ah, vocês não sabem o motivo? Não? Eu estou naqueles dias que se pudesse, eu esganava um... Um não... Vários... Trucidava tudo!!!! Mas não pensem vocês que ela, o nosso motivo ainda está por vir... Nãoooooooooo... Ela já veio e agora só sou eu e ela, minha parceira inseparável por alguns dias... Uiuuiui... A bendita, está aqui comigo, claro... Como posso esquecê-la!!!! Um dor nefasta preenche mei corpo inteiro... Uma cólica desgraçada provoca arrepios e calafrios incessantes!!! Um rio corre dentro de mim por águas tortuosas e o mau humor visível confirmam a sua presença!!! Sim, amigos e amigas ela está aqui, e como bagagem trouxe com ela a bendita tensão menstrual permanente... Ô se não!!! Ela está aqui para infernizar a minha vida durante alguns dias... Ô inferno!!!! Cá estou eu compartilhando com vocês um dilema que não é somente meu, mas de muitas mulheres desesperadas... Então amigas vamos nos juntar, nos unir para nossa campanha... Quero ver todas em uníssono... Todas em uma só voz: -Não invada o nosso território temporáriamente perigoso!!! Isso companheiras, vamos... Comungue desta campanha... Conversa com o namorado, com a mãe, irmãs e irmãos, com os amigos, com todos alerta logo todo mundo!!! Avisa para eles se precaverem durante esses dias... Por que se não... Território ameaçado... Perigo constante... Morte na certa, hehehehehe... Beijocas e Feliz dia das crianças!!!


ps: Acho que meu mau humor tá passando... Um pouquinho... Tchau!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O centro


O centro é centro, porque é no centro que se centra tudo... O centro centraliza o que não é perfeito e o que é perfeito. O centro namora, debocha, escancarra, agride e mostra:o que real e o que está osbscuro, embora desperte o subjetivo. Neste centro, do qual falo é o centro do povo... O centro da cidade do São Salvador... O centro que desde menina passeio por ruas estreitas cheias de gente, barulhentas, mas repleta de melodia. Neste lugar se entra pobre e se saí rico... De esperança, de bom humor, de conhecimento, de amizade... O centro que eu conheço concentra a riqueza, a beleza e a história de uma cidade... Onde habita gente de verdade e não de papel... Gente de lágrima e suor... Pulso vital da economia informal... É este centro que me traz a memória coisas boas e ruins... É desse jeito que eu gosto... Não mudaria nadinha... Apertado, confuso, dinâmico, vital... Não mais competitivo, mas centro... De tudo e de mais um pouco... Da puta e do travesti... Do bêbado e do mendigo... do flanelinha, do camelô, do aposentado e de quem mais chegar...

Coração Dividido...

X

Eternamente Rubro Negro!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

víCio

Um boa entrada para as manhãs, tardes, noites, madrugadas...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ser o outrO!

Me leve para qualquer lugar... Que seja bem longe do real...
Leve-me para as montanhas... Para ver o horizonte infinito...
Para ver o mar infinito... Para ver o infinito ou qualquer coisa que seja inusitada.
Tocar em coisas... Sentir cheiros, sons diferentes... Ver gente...
Apreciar outras línguas e outros sabores... Ser outra mulher...
Ser outra energia, outro pensamento... Pelo menos uma vez...
Não quero ser eu... Quero ser o outro... Só de brincadeira... Só um pouquinho...
No meu faz de contas... Aprender a ser o outro, pensar como o outro, agir como o outro, só uma vez...
Ter a chance de ser o outro e ser eu... Pela primeira vez... Ou quem sabe uma de muitas?
Vai ser bom sim!!! Acho que vou gostar... Vou aprender...
Fugir por um instante do meu mundinho egocentrista, pelo menos uma vez...
Sair do meu próprio umbigo...
E quando acordar... Serei eu e um pouco do outro...
Um pedaço, Um laço, a sua metade.

domingo, 4 de outubro de 2009

Steel Pulseeeeeeeeeeeeeeee

Dia 21/11/2009, Steel Pulse em Salvador!!!!! Onde? Cais Dourado!!!!! Ás 22:000!!!! Dia inesquecível!!!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A mira perfeita

Estava eu naquele momento único... Infinito... Eterno... Daqueles que o tempo pára, congela... Sensação gostosa... Plena...
Um suspiro e meu corpo fica leve, inerte... Aliviado...
Pena que nós mulheres tenhamos algumas limitações para liberá-lo, excretá-lo...
Entretanto quando conseguimos... O momento é prazeroso, íntimo, solitário, embora em algumas situações seja coletivo, o que não se aplica a esta situação, a sensação não deixa de ser maravilhosa!
Contudo, eu só não contava com a madilta goteira que atrapalhou o meu instante de prazer...
Foi como uma linha tênue entre o prazer e a raiva...
-Justo naquele instante! Eu me perguntei?
-Não! Não! Não! Não podia ser em outra hora!!! Justo agora!!! Mas não!!!
A bendita estava lá para acabar com minha festa...
Para estragar com o meu deleite!!Foi sim...
Aquela maldita goteira tinha uma mira certeira, coisa que passa longe de mim...
Por que nós mulheres, testamos posições, trocamos informações, damos dicas entre nós mesmas sobre atingir o tiro certeiro. No meu caso já virou utopia...
Tento, tento... Encontrar posições perfeitas, travo uma briga para obter o ângulo perfeito, mas não!!! O desastre é cometido em poucos segundos!
É quase impossível, pelo menos comigo, acertar o alvo... Seja por força da gravidade ou da vontade, ele escorre por caminhos incontroláveis, dispersos... Anciosos...
E eu sempre fico no desespero... Uma tragédia cômica por sinal... Fico nervosa, tonta, alegre...
É um instante contraditório entre o prazer e a vergonha do julgamento do outro, quer dizer do próximo, se é que vocês me entendem...
Fatídico... Cômico... teatral...
Quais mulheres já não passaram por isso? Quais? Outro dia, eu no desespero esqueci de levantar a tampa, pode?Xiiiiiiiiiiiii... Que situação!!!! Resultado... Fiz uma poça na tampa, sem contar como foi para limpar a lambança ...Afffff... Horrível... Não queiram passar por isso, nuncaaaaaaaaaaaaaaaaaa... A Maíra, a minha cúmplice após tragédia maior só fazia rir de minha cara de paisagem contando o fato...
Mas hoje foi fatal...
No explendor da cena, eis surge uma miséria de uma goteira que insistia em cair na minha bunda e acabar de vez com a libertação do meu xixi. Mira certeira? Nãooooo... Perfeita!!!! Miserável! Acertou o alvo!!! E eu? Sempre no mesmo conflito!!!! Eterno...
Mira perfeita é qualidade da qual eu não fui agraciada, e vocês ainda não acreditam no que eu digo!!!
A tragédia é um ótimo motivo para se tornar uma boa piada!!!
Boa risadas para todos!!!Tchau!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Imafeita

Mãos trêmulas, suadas e respiração ofegante...
Ansiedade, instigação... Descobertas...
Cada click uma nova descoberta, uma nova imagem...
Estou apaixonada, enfeitiçada, enlouquecida...
Não conseguimos mais nos desgrudar, porque a cada instante posso captar uma imagem...
O movimento perfeito... O click instantâneo...
Percepção aguçada... Em tempos de esperança...
Dedos calejados obedecem meus sentidos...
Movimentos involutários e subconscientes... Desejosos...
Detalhismo virginiano... Minucioso... Subjetivo... Avaliado... Criticado...
A luz, o zoom, o contraste, a cor perfeita... Compõem essa paixão...
O que pode transmitir uma imagem? Qual o seu valor? Qual é a medida? Qual a dose perfeita? Não sei... Mas continuo tentando atingir a perfeição! Até a próxima.