terça-feira, 1 de junho de 2010

Só há...

Ir ao fundo sem saber o fim...
Soterra-se o que eu nem sei o quê...
Partida para outros mundos...
Saída do plano real... navegar outros horizontes é preciso... se perder numa viagem momentânea... num universo que mora alí do lado
Um casulo onde se mora com poucas cores... Por isso fuja bem rapinho para aquele outro mundo...
Em que as imagens viram desenhos e os desenhos não são reais
O irreal, meu povo, é preciso viver...
Lucidez nada, somos a voz da humanidade em busca de outros planos...
Sempre foi assim, não vai ser diferente
O homem transcende sua consciência em flashes desconexos
Ele tira os pés do chão, anda, corre, seu corpo flutua...
Plumas coloridas carregadas pela brisa de um céu azul sem nuvens. Um céu que toma a imensão confusa de muitos pensamentos
O corpo ferve, arde em chamas...
Corpo nu que sai de si
Mente que extrapola o consciente
Há tantos pulsos nesse corpo... tantos sonhos incompreendidos...
Há tantas coisas nesse mundo só seu... muitos segredos...
Uma história que não tem começo, nem meio, nem fim... Porque lá... Naquele instante em que parece ser sonho, mas não é...
Só há cores quentes... Cheiro de aniz
Lá só há o que não parece ser...
Lá não existe o real nem consciência...
Lá só é o que você se permitir ser...

Texto: Soraia Monteiro

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