sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Bahia e eu. Quase carne e unha.

Então, durante muito tempo foi assim. Foi, porque a vida é dinâmica, inexoravelmente (perdão pela verborragia). Sempre alimentei grande paixão por esse time de futebol, desde a 'mais tenra idade'. É uma relação difícil de explicar. Geralmente alguém nos influencia a torcer por algum time .Com o passar do tempo a escolha pode ser alterada. Não foi o meu caso... A minha atitude em relação ao Bahia sempre foi muito passional, a ponto de chorar e me irritar profundamente com qualquer fato que considerasse contrário aos meus sentimentos. Minha Mãe se preocupava com a minha integridade física : achava que eu podia 'ter um troço' devido às raivas que eu tomava quando o time perdia. Para mim, era o 'máximo' ir à Fonte Nova dia de domingo de tarde, depois de ter 'batido um feijãozinho', ver o Meu Bahia estraçalhar os adversários, como se fosse um circo Romano, embora às vezes ele fizesse o papel do cristão... Com o tempo, veio uma certa 'lucidez': a gente vai se informando e percebendo quanta safadeza existe 'fora de campo'...aí torna-se inevitável mudar o ângulo com que se observa o assunto. A gente não pode sofrer em demasia por algo que escapa ao nosso controle, como é o caso da relação time-torcedor. Os homens que comandam, os chamados 'cartolas', tomam as decisões que acham mais viáveis, sem considerar os pontos de vista do torcedor; isso geralmente dá em 'água-de-barrela' para o lado mais fraco, o pobre do torcedor. È tanta malandragem que há no mundo...e com o futebol não haveria de ser diferente... Mas, assim como ocorre entre pessoas, a paixão parece incontrolável...enxergam-se todos , ou quase todos, os defeitos do outro; se reconhece até mesmo os próprios, mas não se deixa de gostar...a não ser que algum fato 'gravíssimo' manche a relação...se é que existe 'fato grave' na óptica do apaixonado...a ponto de destruir a união... É claro que me aborreço se o Bahia (Bóra Baêa!!!) perde; mas eu 'tento' não me deixar afetar quando isso ocorre; há tantos outros interesses em jogo...eu fico p., mas deixo passar... Independente de quão bem ou mal esteja o rendimento do meu time, de qual divisão ele esteja fazendo parte (pode ser na 10ª...), eu sempre estarei torcendo por ele, porque nem mesmo a seleção me desperta o entusiasmo que o tricolor me dá! O Bahia (abstraindo todas as pessoas ruins), pertence ao mesmo plano das minhas preferências: animais, música boa, silêncio, água fresca, jogo de Xadrez, um livro interessante, o verde ... E assim, 'la nave va'...

José Roberto Costa, mais conhecido como Zé é bacharel em engenharia civil pela Universidade Federal da Bahia (1992).Atualmente integra o corpo técnico do Ingá. na coordenação de Planejamento de Recursos Hídricos. É um tricolor rôxo, boa praça. e bom de prosa, isso quando o mesmo é estimulado. Prosa boa garantida para o final do expediente.Uma pessoa calma, gentil e de coração bom. Ótimo colega para todos e de paciência invejável. Aos nossos berros: Zéeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...

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