sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A morte

O silêncio  insuportável me calou de vez. Era como se eu morresse várias vezes e ninguém soubesse. E por mais que eu ficasse sem fôlego, eu  queria ir mais fundo. Morrer de vez. Eu via o infinito, mas não conseguia chegar lá. Por vezes não exitei voltar porque eu sabia que se eu fosse mais fundo eu teria alguma resposta. Testar meus próprios limites? Obter respostas? Eu queria morrer e somente isso. Queria falar com deus e acordar numa paz plena.  Chegar ao nirvana e nunca mais voltar. Queria somente sorrir e ter o coração leve. O silêncio me traria a paz que tanto busco. Mas  estou viva, pois o suor escorre entre minhas pernas. Minhas mãos estão geladas e ansiosas. Quantas vezes precisarei morrer para ter uma nova vida? Não ter resposta é uma dúvida cruel, porque a incerteza nos dar aquela angústia que gela até a espinha. A angústia que ao mesmo tempo nos faz vivos, é a mesma que nos faz tão frágeis, ingênuos e tolos.  Medo de não ser capaz, medo de não ter esperança, medo de não conseguir dar o meu melhor. O calor de um abraço bem apertado  e pronto!  Sabemos que o amor existe na sua plenitude. Quero amigos e família bem pertinho para que meus olhos os alcance. Quero ter sonhos novamente,  motivos para recomeçar e rir até doer a barriga. Aceito ser aprendiz e aluna para novos caminhos e aventuras. Estou disposta a renascer e depois morrer várias vezes.

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