Coração e alma andam sempre juntos como se um fosse uma coisa só... coisa qualquer, qualquer coisa
Lado a lado caminham inseparéveis desesperados por aconchego
Por que a todos pertencem e tudo são... qualquer... coisa qualquer
Água de cheiro, flores no altar, enfeite no cabelo
Coração mulher, moleque, inquieto tende a ser curioso, às vezes passivo
A prosa é de quem que transforma torpes emoções em grandes conflitos
Coração que há tantos hormônios lhe ateram os sentidos e ciclos mensais
Quereres diversos, palavras sobre atropelos, risos incessantes, choradeiras desatadas, ritos de passagem para fase da loba, da onça, da tigresa...
Há tantos bichos não contemplam tal natureza, incostante, de bicho qualquer...
Coisa de bicho diferente que mexe com os nervos atordoados, a flor da pele
Pele de flor, cheiro de aniz, lábios vermelhos
Tão feminino este coração se traveste de colorido para caber tudo numa coisa só
A alma não! Veste-se de carmim para atrair os dias de luar com caça farta e noite intermináveis
Coração não quer sossego, a alma não quer descanso
Quer logo vadiar, vestir sandálias douradas e colocar a fantasia
Samba, multidão, alegria desvairada...
Confusão, novidade, batucada e alegoria...
Nada de barriga vazia... Tudo aos montes...
Corpo colado, beijo molhado, abraço apertado, tudo junto, nunca separado.
Texto: Soraia Monteiro
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