domingo, 4 de abril de 2010

Guerra ao Horror

Lamento aos que gostaram, mas o filme guerra ao terror me parece uma planfletagem cinematográfia! Sim, senhores... assistir este filme que vos falo me custou horas, minutos e segundos de muita angústia! Sofri, mas aguentei até o final... Queria superar o meu próprio limite, pois o filme é lento, tem um roteiro sem graça e uma história nada surpreendente... Somente faz auto-promoção para indústria bélica americana... Alguma dúvida? Se algúem tem creio que isto seja grave, porque engolir a velha história de que soldados americanos ocupam países como Afegaganistão, Irã, Iraque, Paquistão para lhes dar a tal liberdade ocidental é mais uma piada sem gosto que cansamos de ouvir e que muitos de nós aceita como um axioma. Então, pouco me importa se Kathryn Bigelow foi a primeira mulher a ganhar um troféu para direção de um longa metragem, o que muda? Nada! Mais um filme publicitário sobre a guerra, neste caso ao terror temido pelos norte- americanos, bom enfatizar. Isso não nos é desconhecido, mas o cinema há muito tempo atende a política de guerra. Como veículo de informação ele pode traduzir o pensamento do grupo que o financia, assim como, neste caso do qual teço algumas críticas. Vejamos, a arte cinematográfica da Alemanha nazista (1933-1945) utilizada para a propagar o regime nazista e utilzado como uma arma vital na dominação do governo sobre seu povo. O cinema foi significativo ao atigir o imaginário da população refletindo hábitos positivos sobre o regime, seja por meio da ordem ou da informação. Tudo foi calculado, planejado, intencionalizado e os cineastas da época foram brilhantes. A escolha de cada cena atendia a um propósito tendo o jogo de luzes e sombras a seu favor, os planos, os movimentos de câmara e os ângulos de tomada, o uso de recursos técnico-artísticos como a cenografia, a fotografia, o vestuário, a decoração, a música, a dança, a pintura e os truques, eram feitos com excelência; adequados para divertir o público, as grandes massas e, ao mesmo tempo, propagar o sentimento nacionalista e o heroísmo. Mexer com o sentimento nacionalista foi um grande trunfo, ainda mais para a Alemanha, naquele período. Por isso, os temas eram trabalhados de forma que atendesse as expectativas do povo, ou seja, que o inconsciente alemão achasse natural o arianismo, a pureza de sangue e a superioridade da raça. Para isso Hitler não teve limites... Sua figura era exposta como o messias, o salvador das massas oprimidas, visto sempre do alto em cenários suntuosos lhes dando a idéia de heróico, forte e sublime. Assim, ficava mais fácil dominar o povo... através de slogns estereótipados carregados por ideais dogmáticos. Não fica difícil entender por que Hiltler convidou a atriz Marlene Dietrich para protaginozar filmes pró-nazistas, embora a mesma tenha recusado o convite. Era preciso alcançar as massas a qualquer custo! E o que vemos em guerra ao terror é algo muito parecido... É a tecnologia dando o ar de sua graça, em favor do poderio belíco e a "sutileza" americana que em prol da salvação combate o terror. Novamente as imagens me veem a mente, mais mensagens e o filme volta a rodar... Carregado de ideais, significados e intencionalidades... Nada é novo!Precisei ir muito longe para fundamentar meu posicionamento, pois somente desta forma estarei segura de que não estou fazendo a crítica pela crítica, mas sim uma reflexão pertinente ao tema e aberta para discussão!
Texto: Soraia Monteiro
Abraços saudosos em todos e tenham uma boa páscoa!

Um comentário:

  1. oi morena,
    que bom que vc provou e aprovou o bicho de pé!
    de vez em quando passa lá no blog que postarei umas receitinhas boas!
    =)

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